O livro "A Desordem", o décimo quinto dos dezoito Glifos Analisados, escrito por Tashadi, relata o fenômeno e possíveis causas que trouxeram-no.
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A Desordem das Máquinas
Estimados senhores e senhoras da Corte do Sol, honrados Khanes e patronos,
Suas preocupações quanto à contínua Desordem das máquinas foram registradas. Embora tenham se passado muitas estações desde os primeiros relatos dessa temível mudança, o Rei Sol está ciente de que isso não se trata mais de apenas relatos de patrulhas nas bordas e expedições da Ordem dos Caçadores. Basta olhar para as terras abandonadas, aquelas que pertenciam a vocês, deixadas para a Joia retomar ou para as propriedades da população comum.
Saibam que o Rei Sol tomou todas as medidas cabíveis para proteger a sagrada Meridiana e as Plantações Reais com patrulhas renovadas. Quanto aos pedidos ao Sol, acreditamos que a causa da Desordem não deve ser unicamente descontentamento dele, pois os anos de sacrifício sob o Rei Sol Jiran não produziram nenhum efeito notável nas máquinas. Sua Luminescência e os Clérigos do Sol concordaram que, mesmo que isso esteja sendo causado pelo Sol, nosso sofrimento não será reduzido com sangue.
Com intuito de edificar, narrarei o que foi observado sobre a Desordem. Quanto às máquinas mais simples, as criaturas de rebanho, os galopantes, os cortadores, que antes fugiam ao avistarem pessoas, agora é mais provável que ataquem. As criaturas maiores, que outrora eram uma ameaça apenas aos bêbados ou imprudentes, agora avançam sobre os incautos com desejos assassinos.
Isso sem falar sobre o aparecimento do Dente-Serrado e seus irmãos metálicos: o Devastador, o Ardiloso e aquele gigante terrível, o Tirânico. Cada um deles se provou um assassinos mais eficiente que o outro, todos portando uma grande quantidade de armas estranhas. A natureza não é mais segura devido à hostilidade dessas novas máquinas, embora, até o momento, não tenham atacado nenhum povoado dentro do Solar.
Forasteiros possuem diversas explicações caprichosas para esse comportamento. Alguns dizem que as máquinas passaram a ressentir-se contra os homens que as caçam. Porém, tal coisa jamais foi observada entre as criaturas de carne e sangue, e elas se provaram mais do que capazes de pensar e ter memória.
Caçadores Carja e artesões Oseram tentaram compreender o fenômeno ao inspecionar máquinas derrotadas, mas elas não pareciam apresentar diferenças entre aquelas caçadas muitos anos antes do início da Desordem, possuindo os mesmos cabos, tranças, lentes, corações e assim por diante. Quando expostas à luz do Sol, ou a experimentos Oseram com fogo e fagulha, essas peças reagiram de maneira habitual.
Os Banuk, porém, afirmam ter notado uma mudança na "música das máquinas" do "espírito das máquinas", insinuando que elas se tornaram mais e mais dissonantes. O Rei Sol enviou representantes para Ban-Ur para aprender mais, esperando que o misticismo deles possa conter algumas verdade frente à luz do Sol.
Claro que o Rei Sol graciosamente aceita as contribuições de vocês sobre o estudo da Desordem e pede apenas que elas sejam entregues na forma escrita, e não durante audiências reais. Sua Luminescência também espera dissuadi-los de caçar máquinas durante estes tempos incertos. A força de uma Corte do Sol unida é o que fortalece todos os Carja.
Respeitosamente, Tashadi, representante da corte
Como achar a partir da fogueira mais próxima
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